
A aposta na relação com os clientes
O lema da SMART VISION, empresa de consultoria e auditoria estratégica focalizada e especializada no sector público, assenta numa relação especial com o cliente. A empresa sediada em Aveiro – e que acaba de ser distinguida com o primeiro lugar na categoria de micro empresas – nasceu de um IPO dentro da Pricewaterhousecoopers e pauta a sua actividade pela assumpção formal de valores como o rigor, o profissionalismo, a idoneidade, a competência e a imparcialidade. Sérgio Chéu, director geral da SMART VISION diz que “este prémio é particularmente importante numa altura em que as empresas se deparam com sérias dificuldades e, por via dessas dificuldades se viram obrigadas a cortar nas regalias dadas aos seus funcionários, mas ainda assim são vistas como bons sítios para se trabalhar”.
Com sete funcionários, a SMART VISION, por via dessa mesma crise económica e financeira cortou nas regalias dadas aos funcionários. A empresa viu-se obrigada a cortar no seguro de saúde dos colaboradores, não dá aumentos salariais e até os prémios de produtividade aguardam por melhores dias.
Para trás ficaram também iniciativas como as reuniões gerais de empresas, as festas de Natal,ou as saídas de dois dias marcadas para falar da empresa, mas sobretudo para descontrair e para “estarmos juntos”. Mas Sérgio Chéu frisa: “é uma medida que chega a todos”. À parte isso, Sérgio Chéu diz que “a empresa tem especial preocupação com a vida pessoal das pessoas e que o nosso lema é máxima autonomia, máxima responsabilização”. Um lema que, de resto, era quase obrigatório se pensarmos que a SMART VISION tem os seus colaboradores espalhados de Norte a Sul do país.
De resto, acrescenta: “todos na empresa sabem de quanto é a facturação e quais são os lucros e sabem- porque isso é essencial para a SMART VISION – que existe seriedade, e que todos os compromissos são cumpridos ao minuto, e que no dia 28 de cada mês lá está o pagamento de salários a todos os funcionários”. Mas como consegue uma empresa que tem o Estado como principal cliente- a empresa realizou 300 projectos para o sector público, tendo 130 câmaras municipais como clientester as contas em ordem?
Sérgio Chéu sorri perante a pergunta e dá a resposta de imediato:”em 2012, o Estado pagava a um ano, em 2013 melhorou um pouco, mas ter as contas em ordem consegue-se com base numa gestão sem ser extravagante”. O director geral da empresa de consultadoria acrescenta mesmo que “o facto de trabalharmos muito para o sector público coloca-nos hoje numa posição cimeira e de destaque no panorama concorrencial em que nos inserimos”.
Com uma facturação na ordem de um milhão de euros, a SMART VISION começou agora o seu processo de internacionalização ao deslocar-se para Moçambique. E a expectativa não podia ser melhor: “temos em mãos dois projectos para a administração central moçambicana e um dos projectos, que é para começar este ano, ascende à melhor facturação de sempre da SMART VISION”. A par da SMART VISION, tida como empresa-mãe, o grupo criou ainda mais três sociedades, um especializada em recursos humanos, outra especializada no mercado privado e uma nova que se dedica a investimentos imobiliários. Uma área em que Sérgio Chéu, acredita que “há agora muitas oportunidades”.