Entrevista ao diretor geral da SMARTVISION
Empresa prestadora de serviços de assessoria e auditoria estratégica especializada no sector público, a SMART VISION tem vindo a ser parceiro de realce na implementação de soluções maximizadoras das boas práticas nas organizações públicas, onde as câmaras municipais se assumem como principais stakeholders.
Em entrevista à Pontos de Vista, Sérgio Chéu, director-geral desta firma sedeada em Aveiro, elucida acerca dos serviços e soluções propiciados.
Racionalização do financiamento promove renovação do poder local
Com as restrições económico-financeiras e com o estrangulamento das verbas disponíveis, a agenda política irá, certamente, passar por outros vectores que não a concentração de esforços na realização de obra. Do ponto de vista do director-geral da SMART VISION, figura interessada na forma como as estratégias das edilidades são empreendidas, “o país ao ter sido, no passado, dotado de infra-estruturas capazes de estar alinhado com a Europa, no sentido de minimizar a questão da periferia geográfica, atingiu o momento de lançar mão de uma reforma profunda dos pressupostos em que a administração local baseia a sua identidade. Haverá a necessidade de uma maior preocupação com mecanismos como a acção social e a organização interna autárquica.
Pelo esmagamento da economia, a acção social será determinante; pelo reforço da descentralização de poderes, será crucial uma capacitação técnica e competencial adequada”. Visionando uma aproximação da autarquia ao cidadão, Sérgio Chéu augura a sistematização das estratégias autárquicas como ponto basilar.
“O planeamento e a estratégia são absolutamente centrais no desenvolvimento de qualquer Estado e, nem que seja por via legislativa, considero que no novo modelo de governação local a estratégia deve ser estabilizada e monitorizada, não estando dependente de oscilações decisórias que possam advir de factores ou interesses circunscritos no tempo.
Ressalvo: o esqueleto da estratégia das autarquias deve ser de longo prazo e quase que me atrevo a dizer que deverá ser intergeracional”, diz. No que concerne à dimensão interna das organizações, o interlocutor destaca que estas devem estar dotadas de capacitação técnica para conseguirem responder aos novos desafios. “É essencial que as autarquias estejam capacitadas, internamente, com níveis de tecnicidade e de «expertise» suficientes para poderem desenvolver as suas competências e adstrições, fazendo mais por menos e encarando os novos desafios com total aptidão. Se há mais poderes, então tem que existir maior organização e capacitação.
Contudo, tal será apenas uma miragem se o «envelope financeiro» não for realista e capaz e disso julgo que o Governo está sensível. Nesta sequência de escassez de recursos, a consubstanciação de mecanismos e ferramentas de ajuda à decisão e de reporte financeiro, são importantíssimas para o autarca conhecer o status económico da sua entidade e, com isso, tomar decisões com base em elementos firmes e não com base em expectativas ou sensibilidades. Com menos recursos, urge decidir melhor”, completa.
SMART VISION – Soluções para os desafios
Enquanto empresa prestadora de serviços em sede de consultoria e auditoria estratégica, a SMART VISION especializou-se como player de relevo fornecendo os seus préstimos ao sector público, mormente às autarquias. “Um portefólio de, cerca de 350 projectos realizados em 110 autarquias, acaba por determinar, por um lado, a nossa especialização e, por outro, o nosso propósito”, contextualiza Sérgio Chéu.
Segundo o entrevistado, o nível da especialização da estrutura da empresa foi sendo incrementado de acordo com as competências das autarquias, havendo uma densificação dessa mesma especialização para fazer face às necessidades que vão surgindo no mercado de actuação. “O incremento de competências e a capacidade das autarquias em perceberem que a modernização administrativa era crucial para o seu principal propósito, servir os cidadãos, acabou por ser fundamental para que a SMART VISION se dotasse de equipas multidisciplinares para oferecer as melhores respostas às solicitações. Quer isto dizer que, actualmente, a SMART VISION consegue cobrir, em termos organizacionais, todas as áreas internas dentro de uma autarquia, desde as áreas financeira, jurídica, política, estratégica, urbanismo, etc.”, sublinha o director-geral,mencionando ainda que, nos últimos quatro anos, a firma cresceu mais de 200 por cento em volume de facturação, colocando-se numa posição de top em termos de mercado.
Operando em regime de outsoursing, a postura no mercado e nos projectos que a empresa e os seus profissionais assumem é, para o interlocutor, “de grande profissionalismo” e de uma visão integradora dos recursos das autarquias: “Só envolvendo as pessoas é que atingimos sucesso nos projectos, sendo imperativo que os clientes fiquem autonomizados em função do que é implementado pelas equipas da SMART VISION. Esta questão parece-me, também, um elemento distintivo do nosso trabalho, nós não pretendemos fidelizar negativamente os clientes, ao invés, queremos que sejam integrados nos projectos, que fiquem dotados das competências em causa e que fiquem preparados para adquirir outras valências; é um processo de continuidade. Com a nossa metodologia contribuímos de sobremaneira para o incremento das competências autárquicas, facto que nos motiva ainda mais para exponenciarmos o potencial das nossas soluções e modelos de negócio”, conclui Sérgio Chéu.